A fabricante chinesa Lenovo viu seus primeiros resultados financeiros positivos no Brasil após sete anos de perdas em sua divisão de computadores.
A empresa viu o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) atingir US $ 5 milhões no trimestre encerrado em setembro de 2017. Isso se compara a uma perda de US $ 15 milhões no mesmo trimestre do ano anterior e perdas de US $ 15 milhões no mesmo período. período em 2015.
A operação da Lenovo na Motorola – estimada em mais de dois terços do faturamento total da empresa – também registrou uma reviravolta no Brasil. A empresa viu o EBITDA atingir US $ 46 milhões no trimestre encerrado em setembro de 2017, comparado a um prejuízo de US $ 1 milhão registrado no mesmo trimestre de 2016.
A Motorola é uma marca popular na América Latina – apenas a Samsung bate na região – tendo vendido 68% a mais de unidades no primeiro trimestre de 2017 em comparação com o mesmo trimestre de 2016.
Daqui para frente
O plano da Lenovo no Brasil é continuar a fabricar telefones celulares e computadores, mas também perseguir negócios em outras áreas, como serviços em nuvem para empresas, disse o presidente mundial, Yang Yuanqing, ao jornal Valor Econômico nesta semana em uma visita aos escritórios do país.
“O dispositivo por si só não é suficiente – no futuro tudo estará conectado, daí a necessidade de nuvem e serviços. Em um mercado tão grande quanto o Brasil, pode fazer sentido ter estrutura e conteúdo locais, dada a escala”, disse o executivo. Valentia.
Na semana passada, a Motorola, fabricante de smartphones da Lenovo, nomeou o executivo brasileiro Sergio Buniac para liderar suas operações na Europa, o que poderia ser uma tentativa da Lenovo de replicar na Europa os resultados positivos nas vendas de celulares no Brasil.
Anos de reestruturação
A Lenovo sofreu uma reestruturação profunda no Brasil nos últimos anos e as coisas começaram a melhorar no ano passado.
O processo de recuperação começou com uma estratégia de redução de custos, que incluiu reduzir pela metade o tamanho de suas instalações de fabricação e reduzir a força de trabalho que chegou a 5.000 funcionários a menos de 800 funcionários.
No ano passado, a empresa contratou uma nova diretoria para o Brasil e anunciou que reforçaria seu negócio de computadores reforçando a presença de seu canal no Brasil, com foco específico em servidores e equipamentos de datacenter.
Em 2012, a empresa tentou aumentar sua presença no mercado brasileiro comprando a fabricante local CCE, mas vendeu a empresa de volta para seus proprietários originais em 2015.