Sony continua otimista sobre o Brasil

A Sony reiterou sua confiança no Brasil no lançamento de sua gama de produtos para 2017 para o mercado local em São Paulo hoje.

Com itens de consumo que vão desde televisores OLED 4k a câmeras profissionais, equipamentos de áudio e acessórios, a empresa procura alcançar clientes buscando produtos de melhor qualidade – e não se importam com o preço mais alto.

A estratégia da Sony no Brasil é apontar os brasileiros bem-vindos que podem comprar itens como sua TV inteligente de 100 polegadas – que irá comercializar por 350 mil reais ($ 106,760) – e que esses padrões de compra permearão outros segmentos de clientes, de acordo com a Sony Brasil Presidente Hiroki Chino.

“Antes da crise, as pessoas estavam mais focadas no preço e tecnologia convencional – eles não se importavam tanto com a qualidade. Mas o comportamento e as preferências de compra mudaram”, disse o executivo à ZDNet.

“Mesmo no meio de uma crise, percebemos que o desejo das pessoas por equipamentos de melhor qualidade aumentou. Agora, é óbvio que os consumidores querem dispositivos conectados, telas maiores, especificações mais altas”, acrescentou.

O executivo da Sony comentou que um dos principais objetivos para sua equipe no Brasil no próximo ano será atrair clientes com a nova gama de produtos e convencê-los de que os itens valem o custo.

“Vamos fazer muito evangelismo sobre o valor que podemos trazer aos clientes e como podemos enriquecer suas experiências”, disse Chino.

“Nosso plano de negócios para os próximos meses é alcançar um crescimento sólido. Antes do lançamento, hoje conversamos com alguns dos nossos principais parceiros e estamos muito otimistas”, acrescentou.

De acordo com o executivo, o mercado tornou-se muito “lento” após a Copa do Mundo de 2014 e a instabilidade política e econômica que se seguiu não foi útil.

No entanto, mesmo durante tempos incertos, a empresa continuou a fazer o “investimento necessário” para garantir que a operação brasileira pudesse continuar focando no crescimento.

“Nós não dormimos [durante a desaceleração] e, mesmo com a instabilidade, crescemos muito no Brasil. Agora que a crise acabará, estamos totalmente preparados”, afirmou Chino.

“Eu vi algumas ocasiões recentes quando o real [real] da moeda brasileira se depreciou muito, então as coisas foram normalizadas. O que eu tenho comunicado [para a liderança global] é que algum tipo de flutuação acontecerá, mas vai se estabilizar” ele adicionou.

“Ninguém pode dizer o que acontecerá com certeza, mas o Brasil vai se recuperar”.